27 de set. de 2012

Doença Arterial Obstrutiva Periférica

  

   Antes de falar do assunto, gostaria de pedir desculpas a todos pelo abandono momentâneo ao blog. Voltamos recentemente da greve. São muitas provas e aulas para tentar recuperar o tempo perdido e, com isso, venho tendo pouco tempo. Peço paciência ao pessoal que espera por downloads ou que encontraram algum problema. Em breve eles serão resolvidos.
   Para aproveitar a prova de cirurgia vascular que irei fazer, falarei de um assunto da área. A Doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) consiste na diminuição da luz arterial por algum motivo. Seja um trombo, uma estenose, uma placa aterosclerótica. Ela pode ser aguda ou crônica. Como a primeira exige a definição de alguns termos, falarei neste post sobre a crônica.
   Quais os fatores de risco? Tabagismo, Hipertensão arterial, Diabetes e dislipidemias são os principais. A doença é mais comum em homens, com idade avançada. Estes fatores citados, geralmente em associação, vão lesando a parede das artérias e, com o passar do tempo, formam-se placas que vão obstruindo a luz do vaso. Esta obstrução pode ser pequena ou até total.
   Quais os sintomas? O principal é a claudicação intermitente (sensação dolorosa durante exercícios na perna). Imagine a situação: um paciente de idade avançada, que chega à clínica com queixa de dor nas pernas após uma caminhada leve. Esse é o quadro típico. Esta pode evoluir com dor em repouso e até mesmo com o aparecimento de lesões, o que seria um quadro grave e com risco de perda do membro. O diagnóstico é, na maioria das vezes, clínico. Exames de imagem podem ser feitos e são mais indicados em pacientes que farão cirurgia.
   O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico. O primeiro consiste em caminhar... Isso mesmo! Pede-se para o indivíduo andar até que comece a dor. Nesse momento, ele deve parar e esperar que ela passe. Após, repetir o processo. Esta prática levará, com o tempo, a formação de "novos caminhos" para que o sangue chegue ao seu destino, sem precisar passar pela obstrução. É o que se chama neovascularização. Medicamentos como o cilostazol (um vasodilatador) podem ser usados. Recomenda-se também a eliminação dos fatores de risco (exemplo: parar de fumar, controlar a pressão).
   Para pacientes mais graves (dor em repouso, lesões na pele) a recomendação é o tratamento cirúrgico. Pode ser feita a endarterectomia, que é a retirada da placa ou a colocação de próteses. É preferível sempre que possível o tratamento conservador, já que a cirurgia traz muitos riscos.


É isso galera. 
Abraços!

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